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Mostrando postagens de novembro, 2016

O sol nasce pra todos

As pessoas de uma determinada comunidade tinham o costume de preparar uma área de terra correspondente a meio hectare para o cultivo de lavoura, como mandioca, macaxeira, milho, feijão, entre outras coisas. Já era uma tradição local, pois assim que começavam as chuvas que ocorriam no período de março a agosto, os moradores daquela comunidade cuidavam dos seus roçados (locais de plantio), enchendo-os com uma enorme variedade de plantas. Mas havia no lugar um homem que nunca se atrevia a fazer um roçado e, de longe, apenas via as plantações dos seus vizinhos. Os moradores da comunidade o convidavam para que também preparasse a terra para o cultivo da lavoura, mas ele recusava, dizendo: "Vocês pegam as melhores terras, têm dinheiro para gastar no caso de ocorrer prejuízo e têm uma grande freguesia que compra suas colheitas." Ele sempre usava esses argumentos, além de dizer que, em comparação aos demais, iria colher pouco ou simplesmente nada. Um ano após ter recebido o últim...

Júlio, o rapaz desconfiado

Júlio era muito calmo e calado, desconfiando de tudo e de todos. Ele trabalhava em um jornal, do qual recebia o suficiente para se manter. As pessoas que conviviam com ele nada sabiam sobre sua vida, mas mesmo assim, acostumaram-se com aquele vizinho tão solitário. Todos comentavam que ele era do interior, o décimo filho de uma família pobre, que ao ser perseguido, fugiu de sua cidade. O motivo seria pelo fato de o rapaz ter iniciado um namoro com a filha de um coronel que não aceitava o relacionamento. Um outro comentário seria pelo fato de que ele teria praticado algo de errado e que por isso estava fugindo; isso explicaria seu comportamento de desconfiança. Após três anos, Júlio, como era conhecido, começava a fazer amizades no bairro e no trabalho. De vez em quando, falava sobre o que sentia e o que acontecia no seu cotidiano e sobre sua família. Por ser desconfiado, ele insistia em viver na solidão; um mundo solitário em que personificava um sentimento de tristeza e um elo com...

Meu mundo

Eu idealizo um mundo de felicidade Onde a dor do desamor passa por longe Viajo em um barco de vitalidade Vejo o amor em meu horizonte. Eu não sei o que é dor de amor Muito menos solidão vivida Acalento minha alma de calor Iluminando minha esplendorosa vida. Eu sonho com um prazer satisfatório Vivo para amar, amo para viver A esperança, em minha vida, faz morada Que na alma, alimenta-me a fé de ser. Ao retornar de uma realidade absoluta Por meio dos ouvidos, o coração escuta Uma idealização quase enganosa Existente em uma realidade fantasiosa. Me perco neste mundo, pois é minha saída Escondo-me da dor, solidão e da vida Alertam-me! Que é impossível vencer os obstáculos Tentando fugir das responsabilidades.